quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estou em extinção

Tenho que confessar uma coisa.
Domingo passado, eu fui ver o jogo do Botafogo
Se isso já parece assustador, recupere o seu fôlego para ler a próxima frase.
Eu não vaiei.
Não, nem uma vaiazinha sequer.
Nem quando tomamos o gol com um minuto de jogo, nem mesmo quando o Alessandro tocou na bola. E olha que ele tocou várias vezes.
Aliás, me perdoem, mas eu aplaudi o nosso camisa 2 em todas elas.
E também aplaudi o Everton, mesmo quando ele dominou a bola errada.
Ah, e incentivei o Cidinho, nas duas ou três vezes que ele tocou na bola, assim como o Caio, desde que o Caio Júnior o chamou para aquecer.
E não pára por aí.
Eu também cantei que ninguém cala o meu amor, que o fogo do meu peito nunca vai se apagar e que o Botafogo é campeão desde 1907.

Estranho, né?

Afinal, o Botafogo parece ter se acostumado com uma torcida que está mais na frente da tv e nas redes sociais do que no estádio. Que prefere reclamar do que cantar. Que acha as vaias mais produtivas do que as palmas. E os xingamentos mais eficientes do que os elogios. Que prefere colocar um nariz de palhaço do que a camisa listrada com o escudo mais bonito do mundo.

O Gigante está cercado por crianças birrentas.
E eu estou em extinção.
Um processo avassalador de extinção. Há 4 anos, tinham milhares e milhares iguais a mim.